domingo, 10 de janeiro de 2010

Alta Fidelidade

Terminei de ler “Alta Fidelidade”. Sempre tive vontade de assistir o filme: a capa com John Cusack me dava uma alegria, com aquele vinil saindo e as caras e bocas dele. Mas sempre tinha alguma opção primária que me levava à locadora e não o escolhia.

Quando soube do livro, pensei: “vou lê-lo antes de ver o filme”. Mas de novo, outras opções foram surgindo na minha frente. Ora uma biografia, ora um clássico, ora um pop. Acabaram os livros da estante, e fui procurar outros para ler. Reli Machado, li a Revolução dos Bichos, me apresentaram à John Fante e seu “Pergunte ao Pó”. E numa passagem sem nenhuma vontade pela Fnac, pego um livro na mão e vejo nele um comentário de Nick Hornby na orelha de outro livro qualquer que eu tinha gostado da capa. Compro livros ou por indicação, ou pela capa. Nunca lembro de procurar por autores, foras os clássicos.

Fui procurar o tal livro, na semana entre o natal e ano novo. Os vendedores não tinham idéia de onde ele poderia estar. Mas encontraram. Numa mão estava ele, no outro uma série de contos do Hemingway. E assim começou meu 2010. Saudável e sensato. E aproveitando a vida e as experiências que eu ainda não tive. E menos um livro na lista, lido antes de acabar a primeira semana do ano. E lá fui eu atrás do filme e de mais alguns decréscimos em minha conta bancária.

Tal qual no livro, tive certeza que meu perfil estava por ali, entre o Rob e o Barry. Lembrei de alguns medos, de algumas virtudes, de minhas frustrações, da minha falta de paciência com determinadas pessoas. Sempre penso que é pra isso que servem os filmes e os livros, para nos ajudar a encontrarmos nossos reflexos. Logicamente sua função é outra, mas no fundo, fico ali lendo e me reencontrando. E me recriando.

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