Papéis - costurados com durex amarelado - e números enfileirados esperam para reproduzirem números em novos papéis quadriculados. As vezes tão quadrados que intangíveis.
Crianças com nariz escorrendo no colo de mães - ou irmãos - enfileirados esperam para entregarem os resultados das fornicações numerais.
Funcionários entediados esperam atrás dos balcões para parirem novos - e tão velhos - números nos padronizados formulários, ou nas telas.
Famílias - engaioladas no desespero da fome de também viver - aguardam anciosas os benefícios que podem um dia não vir.
Números e suas esperas.
Números deletados sem pudor.
Esperas.
Os auxílos se perdem no caminho, vão fazer número nas contas erradas (?).
Ao sentimentalizar-se com o pobre cãozinho abandonado o alívio por fazer alguma coisa.
e pur se MORRE
sábado, 23 de junho de 2007
A certeza de Galileu-i
Tocplocado por
Dalila Floriani
às
18:21
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Um comentário:
em outras palavras, cadastramento de familias carentes para o Bolsa Familia, em um sabado.
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