sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Tudo que faço é pequeno. É superficial e passageiro. Passo os olhos rapidamente numa idéia, a seduzo. Deixo-me envolver, em sua lascívia gozo escondido. Sou adúltero. Casei com o esforço pela paz mundial. Por isso devo ser breve ao olhar um pessimismo passando. É falta de educação encarar o decote do pessimismo. Se fosse só essa a tentação, estaria tudo bem. Persisto no pecado. Nas noites de tédio, dias de paz e dor de cabeça, fujo pela janela dos olhos, desço pela árvore do conhecimento do bem e do mal – plantada na frente de casa – corro pros braços dela, da Tristeza.

Um comentário:

T disse...

A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?


não preciso nem dizer de quem é...