quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Estrondos da meia-noite

Então eu vinha vindo ou indo na gritada da noite os modernomaníacos que me perdoem, mas nas cidades ditas grandes – onde há mais pequeneza que grandeza - não há calada d(n)a noite distraída revisando mentalmente o punhado de afazeres pendentes até que me descubro sendo seguida.

A reação?
Fuga(z).

Corri, parei de súbito, voltei, fui de novo, caminhei para fora do caminho pré-determinado, equilibrei-me no meio-fio... Nada! A se(ce)guidão continuava. Até que no meio do caminho tinha um poste, tinha um poste no meio do caminho aproveitei para me esconder... Foi aí que descobri ser seguida pelas minhas sombras, de tantos tipos, tamanhos, direções, dimensões. Foi assim que percebi serem os postes culpados.

Nas noites de outrora, quando me dava com vaga-lumes do caminho do meio, nada me s(c)eguia. Seguia comigo o silêncio, a lua calada em luz.

2 comentários:

Fernando Floriani Petry disse...

uhm.
uma noite gritando,
uma menina distraída,
um meio-fio
e várias sombras...
Nice!

Dopre Kleeg disse...

imagine os estrondos do dia-a-dia