life is the most precious thing you can lose.

acho que demorei pra falar sobre isso porque durante um bom tempo eu não sabia o que falar. ainda não sei. nem o conhecia. estudavamos em turnos e séries diferentes, mas querendo ou não ele frequentava o mesmo curso, na mesma universidade que eu. e morreu com um tiro ali na rua de baixo da casa da amanda, aquela onde a gente sentava no meio fio pra ficar conversando de madrugada, em pleno sábado a tarde, durante um assalto, com um tiro (uns lugares dizem no peito, outros no abdomem, mas não importa). o rafael, meu calouro, morreu por causa da estupidez que alguns so-called seres humanos são capazes de cometer, na frente da família dele. e mesmo sem o conhecer, não consigo tirar essa imagem da cabeça. agora ele freqüenta meus sonhos, e eu não consigo parar de pensar na dor que a namorada, o irmão e os amigos estão sentindo (porque é o que eu sou capaz de abstrair, já que nunca fui mãe nem pai pra saber como é amor de pai e mãe). o rafael foi arrancado da vida deles assim, com um tiro, dentro de casa, num sábado a tarde, e nada vai mudar isso.


merda de mundo.
(tem coisas que nunca vão fazer sentido)