Muitos diram que isso é um diário. Outros dirão que isso é uma agenda. E todos estarão, como sempre, certos e errados. A periodicidade não permite ser um diário. (Esse que escreve é bêbado, preguiçoso, vagabundo, e ainda por cima vai sair de férias).
Também não é uma agenda, até porque esse que será escrito só passa a existir nesse instante. Esse é um instante de nascimento de uma personagem:
se é que isso faz alguma diferença
São dez e meia da manhã. O telefone que toca entra no meu sonho. Eu não atendo, e viro para o lado. O sonho acaba, e o toque não. Não atendo só de teimosia. O espelho ainda mostra a marca de batom da menina de ontem. Revela também as bolhas da bebedeira apoiando os olhos. O que ele não mostra é tudo o que não quero ver.
Espelho amigo.
eu já nem mais estou afim de continuar escrevendo essas besteiras aqui
Mas paro para pensar... Porque sempre acaba na menina de ontem, e no espelho. Porque sempre acabo na menina de ontem em frente ao espelho. E sem pontos de interrogação!
E como isso é um diário, e meus dias são relativos, não sei porque precisa terminar direito. Porque não terminar no meio. E sem pontos de interrogação?
um ainda dia alguém vai tentar entender meus problemas com pontos de interrogação...
quarta-feira, 21 de dezembro de 2005
Meu querido diário...
Tocplocado por
Fernando Floriani Petry
às
23:42
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Um comentário:
caralho... esse post foi mto bom!!!!
palmas pra jesus!
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