domingo, 27 de maio de 2007

focas

Uma foca. A foca preguiçosa não sai de seu confortável bloco de gelo. A foca egocêntrica acha que seu leito é imóvel e o resto do universo - a coisa mínima que ela entende por universo - gira em torno de si. Outro dia solitária devaneava sobre a vida após a morte. O deus-foca a salvaria da morte. O deus-foca entendia a reclusão da foca em seu bloco de gelo, é fácil sentir paz na metafísica das focas.
Há uma filosofia moderna de focas explicando o espaço vital de cada foca. O espaço vital de cada foca tem um raio grande. As focas isoladas se encontram e vivem muito pouco socialmente, só se encontram pois precisarem copular. O resto do tempo elas passam sozinhas explorando elas mesmas. As focas entenderam errado quando a foca-sábia disse que dentro de cada foca existe um potencial-foca enorme.

Chegou verão forte nesse ano, seu gelo derreteu. Crise, - meu deus-foca não existe. Esse ano derreteu muito gelo. As focas ficarão juntas num mesmo espaço. E o espaço vital? Não não, focas não sabem viver juntas hoje em dia.

3 comentários:

T disse...

piada interna: ainda bem que eu sou a morsa...

Fernando Floriani Petry disse...

And I´m the egg man!

T disse...

goo goo goo joob!