segunda-feira, 6 de novembro de 2006

As duas vezes de uma mesma profecia

Ó bardos do Futuro
cantai do crânio ao coração ao cu
enquanto houver linguagem!


Vocalizai, minha senhoria, todos os acordes, eletrizai todas as consciências, pois canto eu da masmorra mental norte americana do estado de Nova Iorque, sem eletricidade. Tal chuva na montanha meus pensamentos enche cidades! Abandonarei o corpo em um motel magro, barato, no qual meu eu (me) escapa, por ouvidos ainda não nascidos.

Não minha linguagem, não minha; mas uma voz cantando em formas fixas sobrevive(?) na terra. Não, ossos da história, tons vocais, hálitos de olhos amados a brilhar nos céus de onde foguetes sobem para me tirar da casa.
Tudo em um maio de mil novecentos e sessenta e oito. Em um dia qualquer.

2 comentários:

T disse...

caralho, vai se fuder.

Fernando Floriani Petry disse...

sim, senhora.