domingo, 24 de setembro de 2006

Logo vi, pronto, também fiz merda.

Percebi. Demorei mas percebi. O toc ploc não foge do propósito de todos os outros blogs. Serve apenas para falar de si, para si. Pedro e sua preguiça, Tecia e seus outros, Dalila e seu surrealismo subjetivo, Jonas com sua ausência que nem sei significativa, e Igor com, ou melhor, sem sua senha. Então, vou falar de mim também. Coisa que pensei nunca fazer, mas vai.

Tem uma música que fala to cansado. To tem acento? Mas creio não haver nenhuma que diga to de saco cheio. (Ai mãe, ele falou palavra feia, que vergonha...)

Creio não haver nenhuma que fale, to de saco cheio de toda essa babaquice que fica pairando sobre nossas cabeças, ou há?

Há, talvez, alguma que diga to de saco cheio dessa saudade que me sacaneia.?

Ou haverá alguma que fala que estou cansado dessa zona toda, dessa bagunça. Estou cansado da devassa que não fui. Estou cansado desse curso de merda. (Ai mãe, olha ele de novo!)

To cansado também essa burrice dominante, dessas propagandas, dessas cervejas feitas com águas mais sujas que...

To cansado do cansaço que sinto ao lembrar da aula de amanhã.
To cansado do nojo que sinto ao lembrar da aula de amanhã.
To cansado do profundo nojo que sinto ao lembrar de quem estará na aula amanhã.

Mas o que mais me cansa mesmo é essa coisa de não haver nada de descente para me cansar.
Canso somente dessa total mediocridade que me circunda. E quer saber, quase sem exceções. E mais, há essa tal de mediocridade até onde eu achava que nunca encontraria.
To cansado da festa que não fui...

3 comentários:

Dalila Floriani disse...

não sei se há uma música que fale sobre estar de saco cheio da saudade sacana.

mas sei que há alguém que sente uma falta que nenhuma música poderia traduzir.
só o silêncio (e gotas que brincam de escorregar pela face) podem imaginar a dimensão da falta que até anula a saudade.

T disse...

deixo para o judeu falar de mim mesma: eu tenho esse cansaço sabe? essa vontade de ver o mundo a partir da minha janela...

Rolo disse...

Para mim, a única maneira de transcender é deixando essas pequenas marcas egoístas pelo mundo. Não acho errado falar de si mesmo. É uma estratégia de transcendência!

(e lá vamos nós...)

Adieu!