Esse poema é meu, e só eu posso lê-lo. Esse poema é meu, e é para ser lido ao vento, ao balanço do vento, ao sabor do mar, de braguilha da ceroula aberta, com a mão do gozo. Porque esse poema é meu. Porque esse poema é a história de meu amor.
Eu amava ela,
ela me amava.
Eu amava ela,
ela me amava.
Eu amava ela,
ela me amava.
Eu amava ela lá no bosque
por dentre aquelas palmeiras,
à luz dos sabiás.
Era lá que
Eu amava ela,
ela me amava.
Eu amava ela,
ela me amava.
Eu amava ela,
ela me amava.
Eu amava ela naquelas tardes fagueiras,
na brisa fresca sob o sol,
ela me abraçava
me ninava
E lá eu, deitado sobre ela, a tarde inteira.
Eu amava ela,
ela me amava.
Eu amava ela,
ela me amava.
Eu amava ela,
ela me amava.
Eu amava ela junto com as negras
e os pretos a espiar:
Sai daqui preto nojento!
Vai trabalhar...
Era lá que
Eu amava ela,
ela me amava.
Eu amava ela,
ela me amava.
Eu amava ela,
ela me amava.
Eu amava ela sob chuva
a gostosa chuva dos manancias
e o chegar-se da noite,
víamos juntos por dentre os laranjais
Era lá que
Eu amava ela,
ela me amava.
Eu amava ela,
ela me amava.
Eu amava ela,
ela me amava.
Eu amava ela
é... Eu amava ela.
Mas a vida ingrata,
ai di mi! A vida ingrata...
Fez dela vagabunda,
do tecido vagabundo
e a rede foi-se ao chão.
terça-feira, 9 de maio de 2006
Poema para o trabalho de Literatura Portuguesa III - Ou seja, não é culpa minha!
Tocplocado por
Fernando Floriani Petry
às
21:30
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2 comentários:
isso eh que eh trabalho pro abralic hein?
não é culpa sua?
ineditismos poéticos...
zuqui...
gostei. doideira wou.
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