O abanar do rabo do cachorro causava um vendaval.
Surfava em desculpas
Cavei os espaços procurando pedras
As desculpas se aposentaram e me afoguei
Sepultei o que nunca tive.
Fui salva pelo futuro.
As árvores estavam nuas
Folhas no chão
A caneta já estava sem tinta.
Mas quem entendia de vida eram os pardais ca(dan)çando minhocas.
Lembrei o que não tinha esquecido
Meu espelho ganhou uma limpeza
Tinham talheres sobrando.
A verdade, na verdade era feia.
Os pés banhavam suor
A colcha estava manchada
Comprei bonitos sapatos.
Dormi embaixo da cama.
A rachadura nasceu no tabuleiro
O passarinho cantou.
A sombra do outro jogador cansou de esperar.
A felicidade é minha, mas to dou
O camelo morreu de sede.
Minha felicidade foi barrada na alfândega de sentimentos.
O palhaço riu de mim.
O baú estava sem desculpas
Os olhares sem sentido.
O corrimão estava sem escadas
As linguagens sem expressão.
A vela chorou ao fogo.
O mosquiteiro guardava em si um submundo.
Encheu a pá de pedras e enterrou meu coração.
O vento derrubou as melenas sobre a face
Mas o cachorro ainda abanava o rabo...
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006
Nesse chocolate tem amendoim...
Tocplocado por
Dalila Floriani
às
17:16
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Um comentário:
Puts! muito tesão!
eu até ja tinha esquecido de como era dançar com os passarinhos...
Cousa que fazia de quando entrei pra bugrinha...
Tesão mesmo!
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