terça-feira, 15 de novembro de 2005

Selecione tudo, por favor

escondo-me de mim mesmo.

Bandini vai virar filme
odeio filme e lavoura arcaica já é.

No tosco a cerveja custa
maldito vício um e cinqüenta
garrafa.

Judy Palmer vai embora,
saudades e a aftosa compromete meus bezerros

Camões me encanta
apesar de velho e caolho
Sonetos metrados Lusíadas

Já Leminski
meu amor grunhe

E Manoel de Barros
me formiga

Hey Judy, goodbye
far e (and) well farewell

Mande meus beijos a Vera
e
Adeus a deus.

2 comentários:

T disse...

me deixa em paz.

Dalila Floriani disse...

quando nos encondemos de nós mesmos sempre há o risco de selecionar, mesmo que acidentalmente, justamente o que não queríamos que viesse a tona... vícios, medos, saudades, sentimentos... no entanto quem tem coragem de estampar, mesmo que em branco, o que esconde; certamente está um pouco mais próximo da liberdade.


gostei do poema (talvez por "descobrir" coisas que eu mesma tento esconder de mim...).


? quando não há branco usamos parentêses?