sábado, 29 de outubro de 2005

De poesias, pixações e bebidas - minha santíssima trindade.

Hoje acordei bêbado - muitos bebem cervejas, vodkas, vinhos. Eu embriagado fiquei com meus sonhos. Acordei bêbado e cobri minhas paredes de poesia. Pneumotórax, besouros, pedras, nadas, tangos argentinos.
Em cima da minha cama ficou Bugrinha, ao lado Bernardo. Perto da porta pixou-se o poeta maldito; e à janela, o menor. Meu chão leguei aos quintanares e suas ruas de catar ventos, minha parede azul combinou com a alegre mélancolie de Bandeira. Mário pareceu bem aconchegado aos rodapés, ligando os outros dois andrades.
Manoel de Barros gastou-me quase todo o espaço e toda minha tinta invisível. Cabral pixado sentiu-se em casa nas matemáticas esquadrarias de minhas venezianas. E o curitibano beberrão guardei num espacinho pequenito ao lado de meu travesseiro, para caos de emergência.
Os portugueses, deixei-os ao lado de fora, para manter-me a um oceano de distância.
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Agora vou dormir sóbrio. Arrependido com todas poesias, de todas poesias. Pintadas nas paredes de meu cubículo mental. Quanto não vou gastar de tinta para torná-las novamente papel branco, para que amanhã eu acorde embriagado.

2 comentários:

T disse...

teu cubículo é um patrimônio inútil da humanidade

Jonas Tenfen disse...

Putz, eu sou abstêmio...