um rápido reconhecimento do ambiente, procurando as roupas largadas pelo chão e era hora de partir. ele ainda dormia profundamente e ela não teria coragem de acordá-lo para se despedir. se ele pedisse para ficar, não conseguiria ir embora. e era isso que deveria fazer.
seu papel na história se resumia a isso. conhecer alguém numa noite qualquer, alguém que fosse capaz de manter seu corpo aquecido por algumas horas, e então partir sem deixar rastros. não seria a primeira nem a última vez.
o preço de se envolver com alguém era caro demais. manter seu coração gelado era a maneira que havia encontrado para não se machucar mais. colocou a bolsa a tiracolo e pegou o ônibus para casa. no caminho, relembrou de outras noites tão vazias quanto aquela... mas isso não importa. logo estaria em casa.
segunda-feira, 3 de outubro de 2005
conto um.
Tocplocado por
Nayara Duarte [1]
às
08:16
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Um comentário:
engraçado.. o que antes era mera formalidade se tornou um prazer.. vir dar uma bisbilhotada aqui antes de ir dormir.. belos textos..
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